“Sergipe deve registrar 420 novos casos de câncer colorretal este ano”, alerta oncologista

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O câncer colorretal é um tipo de câncer silencioso que acomete as células do intestino. Para alertar sobre este tipo de neoplasia, a Onco Hematos – que integra a Rede AMO, Assistência Multidisciplinar em Oncologia, chama atenção para a campanha do Março Azul Marinho, reforçando a importância do diagnóstico precoce da doença e explicando alguns sinais e sintomas para identificar este tipo de câncer.

Segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca), o câncer colorretal é o terceiro mais incidente na população brasileira, sendo previstos para este ano mais de 45 mil novos casos. Em Sergipe, a estimativa é de 420 novos casos em 2023.

De acordo com o oncologista clínico da Onco Hematos, André Peixoto, o câncer colorretal acomete a região do intestino grosso, do reto e do ânus, ou seja, de toda a região da parte final do intestino.

“A maioria dos cânceres do trato intestinal, quando começa a apresentar sintomas, já está geralmente em estágio mais avançado. Entretanto, existem alguns sinais de alerta que a população pode ficar atenta, como por exemplo, sangramento nas fezes; alteração do hábito intestinal, ou seja, a pessoa que tinha o intestino normal e começa a apresentar ressecamento nas fezes, que é a constipação, ou diarreia frequente, sem motivo; além da alteração no aspecto das fezes; dor abdominal frequente, sem nenhuma outra causa. Há outros sinais inespecíficos, mas que também podem estar relacionados, que são fraqueza, anemia ou perda de peso inexplicável”, afirma Dr. André Peixoto.

Ainda segundo o oncologista, se a pessoa tiver qualquer um desses sintomas, é preciso procurar um médico, seja especialista ou clínico geral, para realizar investigação específica da doença.

Diagnóstico
Para André Peixoto, o câncer colorretal acomete em maior intensidade as pessoas acima dos 50 anos, mas indivíduos mais jovens precisam ficar atentos, principalmente, quando existem pacientes com histórico familiar de câncer de intestino.

“O exame de rastreamento da doença é a colonoscopia, que deve ser feita na população em geral pela primeira vez a partir dos 45 anos. E para quem têm parentes com histórico da doença, esse exame deve ser realizado a partir dos 40 anos. E nos indivíduos que tenham qualquer um dos sintomas da doença, é preciso realizar o exame com qualquer idade”, explica.

Tratamento
O oncologista também afirma que os tipos de tratamento da doença dependem da gravidade e da localidade do tumor, mas que na grande maioria dos casos o tratamento é cirúrgico.

“O câncer de intestino se origina de uma lesão benigna pequena, que parece uma verruga e no começo da doença existe a possibilidade de só retirar a lesão no exame de colonoscopia sem precisar operar. Mas quando essa pequena lesão se transforma em câncer, o tratamento será mais complexo, que seria uma cirurgia, em sua grande maioria”.

Com relação ao tratamento de radioterapia e quimioterapia, André Peixoto destaca que pode ser feito, mas depende de uma série de fatores. “No câncer de reto ou ânus geralmente é utilizado radioterapia, e no câncer de intestino é mais comum a cirurgia e/ou quimioterapia”.

Prevenção
Além do diagnóstico precoce do cancêr colorretal ser essencial para salvar vidas, a prevenção da doença também pode ser realizada. “Buscar manter o peso corporal adequado; praticar atividades físicas com regularidade, pelo menos 150 minutos semanais; manter uma alimentação saudável com alimentos naturais e minimamente processados; evitar o consumo de carnes processadas e limitar o consumo de carnes vermelhas; não fumar e evitar o tabagismo passivo; e também moderar a ingestão de bebidas alcoólicas são algumas formas de prevenir o câncer”, finaliza André.

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